
Eu, mulher do subsolo
Ele, sr. Esperança
Eu, perdida, suja, prostituida
Ele, puro, translúcido, virgem
Eu, trevas
Ele, luz, imensidão
Eu, fim
Ele, começo.
Eu, a destruição dele
Ele, minha construção
Eu, que morro todo dia
Eu, que padeço de dor
Que invejo a felicidade
Que sofro calada a minha morte.
Ele, que é cinzas e Fênix
Ele, que suspira de alegria
Que ama a tudo e a todos
Que se revela e se despe
e explode em sua grandiosidade
Ele, amante e cálido
Eu, fria e desinteressada
Ele, tão verdadeiro, tão sublime
Eu, nada
Eu, morte
Ele, vida
Sol e Lua
Só nos resta o Eclipse.
Um comentário:
tem um ensaio do Roman Jakobson em que ele desmistifica a idéia da representação feminina como a lua e da masculina como o sol!
que chata eu, né?
onde eu li isso: não lembro, mas foi em algum texto de lingüística :)
aohhoaoaoa
ah, o meu blog é http://thesunsets.wordpress.com
:)
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